“A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer. Vencer será consequência da boa preparação.”
Bernardinho
O que essa frase te diz? Para mim, ela é muito clara: nossos resultados virão como consequência de nossas atitudes. Ou seja: nossas atitudes são “ponto-chave” para temos resultados, sejam eles bons ou ruins.
Para entender um comportamento de alta performance, devemos levar essa premissa básica em consideração. Mas também devemos levar em consideração um detalhe que faz todo diferença. Será que você sabe qual é?
Venha comigo nessa leitura para entendermos o que é alta performance sob um olhar disruptivo, humano e integrativo e que faça sentido na vida e na sua realidade profissional.
O que é um comportamento de alta performance?
Comportamentos de alta performance são atitudes que, muito mais do que possibilitar bons resultados, sempre superam expectativas.
Profissionais chamados de high potencial nas empresas são pessoas consideradas como alto potenciais por apresentarem comportamentos que os levam a resultados acima da média esperada.
Essa “média” esperada é algo muito particular para cada empresa. Por isso, não temos uma tabela que nos guie nessa análise, mas sim nossa percepção e bom-senso.
Quebrando padrões com comportamentos acima da média
Eu tenho dificuldade em entender como as pessoas abordam o tema alta performance pensando “apenas” nos resultados se os agentes principais para que isso aconteça são as pessoas.
Para quebrarmos o primeiro padrão mental sobre o tema, lembre-se de que “somos pessoas diferentes e imperfeitas”. Isso significa que a imperfeição faz parte da nossa constituição como espécie humana. Por isso, abordar a alta performance não é partir da premissa de que haja perfeição na forma como nos desempenhamos no trabalho, mas sim que teremos excelentes resultados considerando nossas imperfeições e vulnerabilidades.
Ter um comportamento de alta performance é fácil?
Não! Porque nos exige sair da zona de conforto, fazer algo diferente e, principalmente, arriscar.
E nós arriscamos sem medo? Não! Porque o medo faz parte do desconhecido. Medo nós vamos ter, afinal é uma emoção de “base” que todos nós sentimentos. O “X” da questão aqui é: o que fazemos com esse medo? Como o administramos para que ele não nos paralise, mas sim nos leve à ação?
Transformamos ele em coragem! Aqui, quebramos o segundo padrão mental: de que profissionais que apresentam alta performance não sentem medo para alcançar tais resultados, porém eles sentem sim e conseguem transformar esse medo em coragem.
Gosto de uma frase do historiador Leandro Karnal em que ele diz:
“Coragem não é a capacidade de fazer tudo sem medo. É a capacidade de pegar o seu medo e levá-lo para a ação.”
E o terceiro padrão que precisamos quebrar é o de que será impossível termos atitudes de alta performance sem motivação.
Mihaly Csikszentmihalyi, psicólogo e pesquisar, nos apresenta o conceito de flow para entendermos o que nos faz estar tão presentes e focados no que estamos fazendo, resultando em uma entrega de excelência.
Como desenvolver equipes de alta performance
Equipes de alta performance são caracterizadas como equipes que superam os resultados esperados. Segundo Patrick Lencioni, escritor norte-americano e autor de livros sobre gestão empresarial, existem algumas ferramentas que dizem respeito a forma como nos comportamentos no dia a dia e que podemos praticar para começarmos a ter comportamentos de alta performance que refletirão em nossas equipes.
Em seu livro “Os 5 desafios das equipes”, ele aborda cinco princípios que, quando bem utilizados, levam a equipe à alta performance. Porém, quando mal utilizados, se tornam desafios ou disfunções, podendo levar a equipe a ter problemas no médio a longo prazo.
Ele coloca que o “segredo” para uma equipe ter sucesso é praticar os princípios abaixo de forma consistente por um longo período de tempo. Não apenas em um dia ou outro.
- Confiança
- Conflito
- Comprometimento
- Cobrança de responsabilidade
- Foco nos resultados
Agora, se esses princípios forem praticados de maneira oposta, tornando-se disfunções, podem levar essa equipe/organização ao declínio:
- Falta de confiança
- Medo do conflito
- Falta de comprometimento
- Falta de responsabilidade
- Falta de atenção ao resultado
Conclusão
É essencial termos a consciência do que nos leva à alta performance. Além do mais, também precisamos entender quais escolhas devemos fazer e refletir a respeito de como nos comportamos. Quanta energia você está disposto a investir em uma tarefa ou em uma equipe? Isso refletirá em nossa construção profissional e em nossas carreiras.
Forte abraço e até o próximo post!
Cris
