Começo este post com uma provocação: quantas novas experiências você se propôs a viver nos últimos meses?
Pergunto isso porque, muitas vezes, não nos damos conta de que a vida é efêmera e não nos permitimos viver algo novo.
O engraçado é que passar por experiências novas não significa, necessariamente, fazer o Caminho de Santiago de Compostela ou algo do gênero, como muitos podem pensar.
O simples fato de termos a nossa mente aberta para novas vivências muda a nossa forma de enxergar pequenos momentos da vida.
Para exemplificar, neste artigo, vou compartilhar um episódio que aconteceu comigo enquanto morava na Alemanha, em 2018.
Alemanha: onde tudo era novo para mim
Em meio ao verão Europeu de 2018, com temperaturas de até 35ºC, estava eu procurando um lugar nas belas e arborizadas ruas de Hamburgo com o intuito de sentar, estudar e escrever. Faço isso porque estar externa e envolvida em um ambiente diferente sempre traz inspirações interessantes para transformar minhas ideias em matéria.
Então, decidi sentar em uma das muitas padarias que encontramos pela cidade. Pedi um delicioso cappuccino e, muito concentrada, comecei a estudar e a escrever.
Contudo, uma inusitada “figura” chegou até mim e perguntou-me se pode sentar-se ali comigo. Rapidamente, concordei e logo ele perguntou se eu era escritora. Respondi que não, mas que gostava de escrever. Ele achou interessante e se apresentou: era um escritor alemão.
Muito simpático e sorridente, esse escritor era, de fato, uma pessoa interessante. Já devia ter por volta dos 50 anos e, em seu repertório, trazia assuntos diversos, principalmente sobre a Alemanha. Mas ele também se mostrava muito curioso a respeito do Brasil e da Psicologia.
Vivendo uma nova experiência
O que me chamou a atenção nesse episódio é que esse é um perfil que foge aos padrões alemães. Na maioria das vezes, eles estampam muita seriedade. Também demonstram pouco interesse por fazer amizade ou conversar com desconhecidos.
Por esse motivo, em um primeiro momento, eu não esperava nenhum tipo de interação daquela pessoa que ali sentou-se para escrever. Afinal de contas, depois de um ano vivendo na Alemanha, já estava adaptada a esse jeito “não interativo” dos alemães.
Contudo, aquele dia lindo de verão me presenteou também com uma nova vivência, que eu ainda não havia tido.
Certamente, esse fato me trouxe a certeza de que, quando estamos abertos a novas experiências, estamos prontos para abraçar o que é de novo. E, quando estamos envolvidos em uma energia positiva, podemos tirar o melhor aprendizado de qualquer situação.
Diante disso, o universo nos envia esses novos aprendizados.
Assim, naquela manhã, em meio aos estudos, cappuccinos e as paradas para um bate-papo, vivi um momento diferente e enriquecedor. Naquele instante, a aprendizagem, o interesse, a bondade e a troca foram os grandes protagonistas.
Forte abraço e até o próximo post!